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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

ANÁLISE DE BALANÇO



ANÁLISE DE BALANÇO

Sem dúvida, a utilização mais tradicional da contabilidade refere-se a análise de desempenho, medido pelo balanço patrimonial e demonstração de resultado do exercício, além de outras demonstrações auxiliares.

Não se avalia o desempenho de uma gestão apenas pelo resultado líquido do exercício (seja este lucro ou prejuízo), mas por uma série de componentes, indicativos da operação do negócio.

Tais indicativos se baseiam em “índices financeiros”, que nada mais são que fórmulas objetivas, medindo determinadas características da gestão.

Apresenta-se, a seguir, os principais índices financeiros. As siglas utilizadas são:

AC – Ativo Circulante
AP – Ativo Permanente
REOB – Receita Operacional Bruta
ROB – Resultado Operacional Bruto
ROL – Receita Operacional Líquida
PL – Patrimônio Líquido
PC – Passivo Circulante
ELP – Exigível a Longo Prazo

ÍNDICES DE RENTABILIDADE

GIRO DO ATIVO = REOB / Ativo Total

Indica qual a geração de receitas sobre cada R$ do ativo. Quanto maior o índice, maior a capacidade de geração de receitas, indicando um bom desempenho de vendas e/ou uma boa administração dos ativos.

MARGEM LÍQUIDA = Resultado Líquido / ROL

Utiliza-se este índice para avaliar a performance de resultado (lucro ou prejuízo) sobre a receita. Obviamente, quanto maior o índice (se positivo), melhor a margem.

RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO = Resultado Líquido / (PL Médio – Resultado Líquido)

A remuneração do Patrimônio Líquido, representando os recursos dos donos, é representada pelos resultados gerados. Se este índice for inferior a taxa de aplicação financeira (líquida de impostos) no período, significa um desempenho insatisfatório. Espera-se que qualquer negócio tenha um desempenho mínimo de 50% superior a taxa de aplicação financeira. Desta forma, se a taxa (líquida de impostos) de aplicação, ao ano, corresponde a 14%, então espera-se um retorno mínimo sobre o PL de 21%.

Nota: para as empresas que creditam TJLP sobre o PL a seus sócios, acionistas ou titulares, o respectivo valor deve ser adicionado ao resultado, para composição da rentabilidade.

ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL

PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS = (PC + ELP) / Ativo Total

Indica qual a “dependência” dos negócios em relação a recursos de terceiros (bancos, fornecedores, recursos trabalhistas e tributários).

Uma participação próxima a 1 denota insolvência e extrema dependência de terceiros. O ideal é que esta participação seja igual ou inferior a 0,6.

ENDIVIDAMENTO A CURTO PRAZO = PC / (PC + ELP)

Evidencia qual o nível de exigibilidade de curto prazo do endividamento. Não existe uma regra geral para determinar qual o ideal para este índice, mas quando menor for o mesmo significa maior “folga” em relação ás dividas e compromissos existentes.

IMOBILIZAÇÃO DO PL = AP / PL

Reflete o “engessamento” dos recursos próprios, pois quanto maior o índice, maior a dependência de terceiros para atender compromissos financeiros. Um índice menor que 0,5 é recomendável.

IMOBILIZAÇÃO SOBRE RECURSOS NÃO CORRENTES = AP / (PL + ELP)

Uma variante do índice anterior. Avalia qual o nível de imobilização em relação aos recursos próprios e de terceiros de longo prazo. Quanto maior o índice, maior a imobilização.

ÍNDICES DE LIQUIDEZ

LIQUIDEZ GERAL = (AC + RLP) / (PC + ELP)

Demonstra a “viabilidade” de médio e longo prazo dos pagamentos de compromissos já assumidos. O índice mínimo é 1. Abaixo de 1, indica problemas de liquidez.

LIQUIDEZ CORRENTE = AC / PC

Evidencia a capacidade de pagamento de curto prazo. Um índice inferior a 1 indica problemas prementes de liquidez.

LIQUIDEZ SECA = (AC – Estoques) / PC

Como os estoques tem uma característica de permanência nas atividades da empresa (pois são indispensáveis a maioria das atividades de produção e comercialização), este índice procura demonstrar uma “liquidez real”, mediante a realização de ativos ditos “financeiros” (que se realizam em caixa).

ÍNDICES DE REALIZAÇÃO FINANCEIRA

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO (PMR) = Média de Clientes x 365/REOB

Mede em quantos dias há o recebimento das receitas de vendas.

PRAZO MÉDIO DE ESTOQUES (PME) = Média de Estoques x 365/Custos das Vendas

Avalia o “giro” dos estoques, em dias.

PRAZO MÉDIO DE COMPRAS (PMC) = Média de Fornecedores x 365/Compras

Indica em quantos dias há o pagamento das compras efetuadas.

CICLO DE CAIXA = PMR + PME – PMC

Evidencia em quantos dias os recursos aplicados nas atividades operacionais demoram para retornar ao caixa. Quanto maior o ciclo, maior a necessidade de capitais para manter as atividades.

Dicas de Direito Administrativo



















artigos 37 e 38 da Constituição Federal de 1988














Princípios do Direito Tributário















artigo 14 Constituição Federal 1988